20 de abr. de 2012

Stalker



Quem de vocês nunca bisbilhotou em algum perfil alheio de redes sociais para ter mais informações sobre algum indivíduo sem que o mesmo soubesse? Verdade seja dita, creio que todos que estão lendo este texto provavelmente já o fizeram e mais de uma vez.

É interessante como estamos sujeitos a ter a nossa privacidade invadida quando decidimos compartilhar qualquer informação pessoal na internet, e mesmo assim o fazemos. Dotados de uma burrice inocência praticamente infantil, muitas pessoas descrevem cada momento do seu dia a dia na rede, facilitando e muito a vida dos assim chamados hoje em dia de stalker’s.

Infelizmente esses “bisbilhoteiros virtuais” são um pouco mais nocivos do que imaginamos e podem vir a prejudicar e muito a sua vida dentro e fora da web. Mas sabe quem é o maior culpado disso tudo!? VOCÊ criatura obtusa que tende a twitar cada passo que dá no dia, ou adora postar 158 fotos por semana em cada álbum que tem no Facebook. (E se você está se perguntando do Orkut meu amigo, por favor, pare agora de ler este texto e vá postar mais alguns gif’s animados para seus amigos, pois definitivamente você não tem intelecto suficiente para entender este assunto.)

Obviamente a internet tornou-se uma ferramenta bastante útil para quem conheceu uma nova pessoa e quer saber até que ponto é válido insistir em algum contato com este indivíduo.

O problema é quando, além das informações básicas como gosto musical, gênero de filme preferido, interesses em comum, etc. (informações que ajudam como argumento em algum possível encontro futuro), a pessoa começa a vasculhar a vida da pessoa tão a fundo, ao ponto de perguntar para o cidadão no próximo encontro se a balada com os amigos na última sexta estava boa.

Esta é só a ponta de um iceberg imenso, pois há sim, muitas pessoas que literalmente vivem em função de buscar mais e mais informações de qualquer tipo sobre a vitima o indivíduo que instigou sua curiosidade.
Por não se tratar de uma prática claramente definida, as atitudes desses “perseguidores” podem variar de acordo com o grau e tipo de interesse e/ou conhecimento técnico dentro da própria internet, indo desde a simples visitas a perfis de redes sociais, até ameaças e agressões dentro do meio virtual.

Os tipos mais comuns de stalkers geralmente são fãs extremos de alguma celebridade que por si só tem uma exposição maior aos meios de comunicação.

O conceito stalker ou stalking é um pouco mais antigo do que se pensa. No final da década de 80 e na década de 90, muitas celebridades famosas sofreram com este tipo atitude abusiva e obcecada. A partir daí, este comportamento passou a ser visto como algo nocivo em diferentes níveis.

Com os últimos adventos tecnológicos, a vida dos stalkers tornou-se extremamente mais fácil, criando por assim dizer, uma nova “categoria” de perseguidores com pessoas que se conhecem entre si, tanto no meio profissional como no meio pessoal.

O mais perigoso disso tudo, é que essa atitude pode retratar uma patologia psiquiátrica séria, conhecida como “síndrome do molestador” e aí sim a coisa fica mais séria, pois você pode estar lidando não só com alguma pessoa com falta do que fazer problemas de relacionamento interpessoal mas sim com alguém psicologicamente perturbado.

Falando novamente no meio digital, vale ressaltar novamente que o maior culpado disso é a maldita inclusão digital própria pessoa que assume os riscos de usar a internet como páginas de um diário pessoal e colocar nela sua vida inteira. Saber o que divulgar, e administrar de quem pode ou não acessar qualquer material que você venha a disponibilizar na rede é uma obrigação de cada um, pois no momento em que a informação cai na web, a  propagação é praticamente instantânea, atingindo pessoas que você provavelmente nunca irá conhecer.

Texto Por Derek Muggiati

Leia Também: "Bom Senso, Internet e Redes Sociais"

2 comentários:

  1. Seu texto me lembrou dessa música da Clarice Falcão, gente psicopata e stalker disfarçada de fofura ^^

    http://www.youtube.com/watch?v=yKV2WdyyCQw

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